Óscars: Os filmes que vimos juntos

Nas contas dos Óscars para 2023, a Rádio Comercial parte para a cerimónia de 12 de março com 27 nomeações. Há seis filmes entre os escolhidos, com múltiplas candidaturas e que pode ver ou rever nos cinemas e no streaming. 

 

 

Com três nomeações, o novo filme de Damien Chazelle retrata os primeiros anos do cinema. “Babylon” é escrito pelo realizador e mostra o  estilo de vida rock n’roll das estrelas dos anos 20 do século passado, quando ainda nem tinha sido inventado o rock n’roll. É loucura, arrojo e decadência para ver no grande ecrã com interpretações incríveis de Brad Pitt e Margot  Robbie. Nenhum deles conseguiu uma nomeação em 2023, mas “Babylon” é candidato nas categorias de melhor guarda-roupa, melhor banda sonora e melhor design de produção.  Ainda pode (e deve) ver este filme no cinema.

 

 

Steven Spielberg faz parte da formação cinematográfica de uma geração inteira graças a filmes como “Tubarão”, “E.T – O Extra-Terrestre” e “Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida”. Depois, outra geração abraçou-o com “Parque Jurássico”, “A Lista de Schindler” e “O Resgate do Soldado Ryan”. Com “Ready Player One: Jogador 1”, o realizador mostra que está pronto para os desafios que lhe propuserem. Mas, que filmes é que o influenciaram? E como é que ele se transformou no realizador de cinema que é hoje e que, aos 76 anos tem 3 Óscares e 22 nomeações? É isso que “Os Fabelmans” nos mostra. O filme estreou com a Rádio Comercial e revela, de forma semi-biográfica, como é que Steven Spielberg cresceu e como isso o influenciou nas suas escolhas cinematográficas. Com 7 nomeações, incluindo melhor realizador, melhor filme e melhor atriz para Michelle Williams, o filme ainda pode ser visto nalgumas salas de cinema em Portugal.

 

 

Foi por Tom Cruise que as pessoas voltaram a ter confiança para ir ao cinema. “Top Gun: Maverick” estava prometido desde 2019 e a pandemia obrigou a vários adiamentos até que, em maio, Pete “Maverick” Mitchell estava outra vez a cruzar o céu no grande ecrã, 36 anos depois de “Top Gun: Ases Indomáveis”. A história é simples: A escola de aviação Top Gun vai buscar um dos melhores pilotos que já teve para uma missão de alto-risco. O mais difícil foi convencer Tom Cruise a voltar. Durante anos, o ator rejeitou a ideia até que Joseph Kosinski lhe contou o que queria fazer. Os dois já tinham trabalhado juntos em “Esquecido”. O realizador queria fazer tudo sem croma, sem recurso a efeitos digitais. Isso foi música para os ouvidos de Tom Cruise que não descansou enquanto não voltou a entrar num caça. Os outros atores fizeram o mesmo. “Top Gun: Maverick” estreou com a Comercial e conta com 6 nomeações incluindo melhor filme, melhor canção para “Hold My Hand” de Lady Gaga e melhor argumento adaptado. É para ou rever na Sky Showtime.

 

 

 

Em 2019, a DC Studios anunciou Robert Pattinson como o novo Batman. Era o início de um novo ciclo para a Detective Comics que tentava recuperar do sentimento de rejeição sofrido por filmes como “Batman Vs Super-Homem: O Despertar da Justiça” ou “Liga da Justiça”. Não tiveram o sucesso desejado. Em 2020, mostrou-se o primeiro trailer a fechar a DC Fandome, a convenção digital da DC quando ainda estávamos fechados em casa por causa da pandemia de Covid-19. Aquilo que se viu foi o suficiente para os críticos susterem a respiração antes de largar farpas à interpretação do ator que se deu a conhecer em “Harry Potter e o Cálice de Fogo” e “Crepúsculo”. Robert Pattinson não desiludiu quando “The Batman” de Matt Reeves estreou em março de 2022, com a Comercial na fila da frente. Com uma banda sonora soberba e uma nova abordagem à personagem, o filme deslumbra quer pelo ambiente apresentado, quer pelas interpretações de Zoe Kravitz, Paul Dano, John Turturro, Colin Farrel, Jeffrey Wright e Andy Serkis. E, claro, Robert Pattinson como Batman que tem uma cena icónica e inesquecível para quem gosta do Homem-Morcego: quando Batman tira a máscara e se revela como Bruce Wayne de regresso a casa, depois de mais uma noite de vigília. “The Batman” tem três nomeações, uma delas para melhor maquilhagem. Está disponível na HBO Max.

 

 

Se com “Top Gun: Maverick” voltámos a ter vontade de ir ao cinema, com “Avatar: O Caminho da Água” de James Cameron perdemos a vergonha e ocupámos todos os lugares vagos. O filme mais visto da atualidade soma já 911 mil espectadores em Portugal. Só no último fim de semana foi visto por 45 mil espectadores, de acordo com dados apresentados pelo ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual. Não é de admirar! Os fãs de “Avatar” estavam à espera da sequela há 13 anos e agora, podem contar com mais três filmes daqui até 2028, ao ritmo de um a cada dois anos. “Avatar: O Caminho da Água” ainda está nos cinemas, o seu habitat natural. Tem 4 nomeações, incluindo melhor filme.

 

 

Ainda estamos longe da cerimónia de entrega dos Óscars, mas “Black Panther: Wakanda Para Sempre” já está a fazer história. Tem 5 nomeações e uma delas é para Angela Bassett como “Rainha Ramonda”. É a primeira vez que a Marvel Studios se vê representada numa categoria de interpretação, e com um universo cinematográfico que conta com 24 filmes. A atriz já ganhou o Globo de Ouro na categoria de atriz secundária e está nomeada para um BAFTA, os prémios do cinema britânico. Foi um filme duro de fazer já que toda a equipa estava de luto pela morte de Chadwick Boseman, o primeiro Black Panther. Morreu em 2020 vítima de cancro. Rihanna sentiu-se comovida pela história do filme e, em plena licença de maternidade, escreveu “Lift Me Up” para a banda sonora. O tema está agora nomeado na categoria de melhor canção. “Black Panther: Wakanda Para Sempre” Estreia a 1 de fevereiro no Disney +.

 

É o regresso ao cinema que toda a gente queria mas ninguém sabia. Na verdade, Brendan Frasier nunca deixou de trabalhar, mas apareceu menos e deixou saudades. Desde 2019 que o vemos como Cliff Steele em “Doom Patrol” na HBO MAX, mas é a sua interpretação em “The Whale – A Baleia” que está a causar grande impressão. Quer pela transformação física, quer pela intensidade dramática do ator no novo filme de Darren Aronofsky. No Festival de Cinema de Veneza, a plateia aplaudiu Brendan Fraser durante 6 minutos. Ele chorou o tempo todo. “The Whale – A Baleia” conta a história de um professor de inglês que sofre de obesidade mórbida e que tenta recuperar a relação que tinha com a filha adolescente. Brendan Fraser está nomeado para o Óscar de melhor ator. O filme estreia com a Comercial a 2 de março.