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Olhos nos Olhos com Sam Smith

O resumo de uma noite de música nos históricos estúdios de Londres

 
 
 
 
A proposta era irrecusável: ir a um concerto de Sam Smith com uma manta nas pernas e uma chávena de chá. Depois de ter estado na estreia do cantor no Nos Alive em 2014 no palco número 2, assisti ao épico regresso a Algés no Palco NOS no ano a seguir. Estive nas bancadas da Altice Arena em 2018 e claro, não podia faltar a “Sam Smith Live at Abbey Road Studios”, uma emissão especial em streaming para apresentar “Love Goes”, o novo disco.  
 
E sim, sentei-me confortável, manta quentinha nas pernas e um café para voltar a encontrar-me com o meu amigo Sam. Sim, porque quem nos olha nos olhos como ele logo no arranque da transmissão, é nosso amigo. Ainda que seja através de um ecrã. 
 
Assim que começou, Sam Smith apontou-nos logo ao coração com “Young”, o tema que abre o novo disco. Quem estava online, percebeu logo que ía ser uma noite de emoções fortes emolduradas pelos estúdios de Abbey Road, onde já actuaram e gravaram artistas como Beatles, Adele, Abba, Depeche Mode, Foo Fighters e Pink Floyd. Sam Smith chamou a este espaço o parque dos músicos, onde podem divertir-se, brincar e estar à vontade.
 
Entre as músicas que Sam Smith foi apresentando, passaram vários clips de vídeo que documentaram estas sessões de gravação em Abbey Road. Foi a forma que o cantor encontrou para explicar porque fez este novo disco e como se sentiu a gravá-lo: como se estivesse a voltar para casa, para ele próprio. “Love Goes” volta a trazer-nos Sam Smith de coração partido, mas em paz.
 
O ponto alto foi quando contou a história de “For the Lover That I Lost” que faz parte do álbum “Courage” de Céline Dion. Sam Smith recordou que foi ele quem escreveu a música, mas quando ouviu a diva a cantá-la, percebeu que a canção era agora dela. Mesmo assim decidiu gravá-la em jeito de ode à “Rainha”, como ele lhe chama. E foi quando a gravou que percebeu : “vou cantar para sempre uma cover de um tema de Céline Dion”. 
 
Foi o alívio cómico de uma noite de emoções fortes com interpretações incríveis de temas como “Promises”, “Too Good At Goodbyes” e “Lay Me Down,  bem como de apresentação dos grandes sucessos do futuro como “Diamonds”, “Kids Again” e o belíssimo “Love Goes” que dá nome ao disco e é cantado com Labrinth … no disco e em Abbey Road. Sam Smith podia ter avisado que era para ter um lenço de papel à mão. 
 
A transmissão online de “Sam Smith Live at Abbey Road Studios” ficou completa com uma versão de “Time After Time” de Cindy Lauper e um incrível pormenor de realização em “My Oasis” gravado num só take. Belíssimo!
 
Depois da música, Sam Smith esteve à conversa com Katherine Ryan, a criadora e protagonista da série “The Duchess” na Netflix. O cantor foi respondendo a perguntas de fãs e assim, ficámos a saber que ele viu “Tiger King” durante a quarentena como quase toda a gente, não lhe apetece andar à procura do amor e que as duas irmãs são as suas melhores amigas. Uma faz trabalho de caridade e a outra, é aprendiz numa loja de tatuagens. É a mais nova que vai arranjar um desconto quando Sam Smith fizer uma tatuagem de homenagem a “Bridge Over Troubled Water” de Simon & Garfunkel.
 
Devido a problemas técnicos, nem todos os que se ligaram nesta transmissão viram Zoe Wees e por isso, a primeira parte repetiu-se. Foi o segmento final de uma bela noite. A revelação da pop alemã cantou “Control” e “That’s How It Goes” e ainda, “Fire On Fire” de Sam Smith. Só faltou uma coisa: O som das palmas.   
 
 

 
Alinhamento de “Sam Smith Live at Abbey Road Studios”.
 
Young
Diamonds
Dancing With a Stranger
Promises
Too Good at Goodbyes
Lay Me Down
My Oasis
Time After Time
How Do You Sleep?
For the Lover That I Lost
Kids Again
Love Goes (com Labrinth)
Stay With Me