"Ouvia-os sempre. Mal sabia que ia trabalhar com eles", Maria Vasconcelos

Maria Vasconcelos é dona de uma gargalhada inconfundível. Emprestou-a por algum tempo ao programa das Manhăs da Comercial. Regressou ŕ Sampaio e Pina para falar sobre a sua passagem pela Rádio Comercial. A conversa foi conduzida por Ana Isabel Arroja.

"A primeira coisa que me lembro foi do Programa da Manhã da Rádio Comercial que eu ouvia, era ouvinte fiel com o Nuno Markl, o Pedro Ribeiro, a Ana Lamy e o José Carlos Malato. E eu ouvia sempre! Arranjei uns fones para poder ouvir quando não estava no carro porque eu ouvia muito no carro, apanhava muito trânsito na altura para ir trabalhar e ouvia-os sempre. E mal sabia eu que, um dia mais tarde ia acabar a trabalhar com eles."


É a dona de uma das gargalhadas mais simpáticas e inconfundíveis da Rádio. Médica psiquiatra de formação, começou o seu percurso ao contrário: primeiro na TV e depois na Rádio. "As voltas que a vida dá!" 
Foi na TV que, aliás, se cruzou com o Pedro Ribeiro, um dos seus ídolos e uma das vozes que conhecia tão bem mas só a voz: "Ah! Tu é que és o Pedro Ribeiro? Tu tens o melhor programa de Rádio de todos os tempos!"


Acabou por ser convidada para ser a voz feminina das Manhãs numa altura em que  o panorama da Rádio estava prestes a mudar para sempre: "Nós não conhecíamos as caras das pessoas na altura. Ninguém sabia quem era ninguém."


O Programa da Manhã deixou de ser só um programa de Rádio e passou a ser também um programa de TV que coleccionou fãs mais do que fiéis e super dedicados. Tão dedicados que, quando lhe assaltaram o carro à porta da Sampaio e Pina, foram os ouvintes que lhe ofereceram um novo rádio. Porque é da Rádio que vivemos, é com a Rádio que vivemos e é para a Rádio que vivemos. 

"De facto, os ouvintes eram fantásticos connosco. Houve uma altura em que nos fizeram um jantar, lembro-me que estava grávida da minha primeira filha, e veio gente de todos os sítios do País."

"Eu acho que o Ser Humano está neste Mundo para ser feliz, é suposto sermos felizes e isso é que é o normal, não é acharmos estranho quando, por excepção, estamos muito contentes. Não, o normal é estarmos bem, é as pessoas serem boas umas para as outras e isto é que devia ser o normal e isto é que tem de ser o normal. E, portanto, quando eu vejo algo que corre bem e que vejo as pessoas felizes e que corre tudo bem, isso para mim é também um motivo de felicidade. E, portanto, eu gosto disso. E é isso que eu gosto do sucesso da Rádio Comercial."

Conversa conduzida por Ana Isabel Arroja!

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